segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SERMÕES!!!


Pois, possivelmente deveriam, mas não creio que funcionem, o mais famoso sermão (o da montanha “feito por Jesus”) não funcionou, teoricamente sabemos e concordamos, porem na prática ficamos é na maioria dos casos pela teoria mesmo!

Os sermões simplesmente não funcionam dado que embora a nossa “alma” influencie os outros, também somos influenciados pelas “almas” dos outros, os seus (e nossos) estados de ânimo, pode até não ser fácil de entender, mas acontece mais vezes que se pensa, isto por que maioritariamente a maioria dos sermões são hipócritas.

Porem, se focarmos a nossa mente com o nosso corpo, sem esperar ajuda de ninguém os assuntos ficam mais claros e simples, importante termos em conta que da mesma forma que vamos mudando, algumas partes de nós deixam também de existir, simplesmente deixam de fazer sentido existirem.

Sendo assim (se o é) na próxima vez que alguém quiser “dar” um sermão a alguém, é melhor pensar 10 vezes se as nossas acções não serão melhor que mil palavras!

Fiquem bem

4 comentários:

Anónimo disse...

Não sei se é porque sou mãe de meninos, ou porque sempre detestei os sermões infindáveis de minha mãe, o caso que os meus sermões são práticos. Eles nem piscam quando estou ensinando a agir quando estão em menor número (só eles). E quando dou um roteiro de como alcançar uma meta (que eles mesmos colocaram), tenho que ser tão clara e objetiva que o sermão acaba sendo enorme.
Mesmo assim... falar é bem mais fácil...
Beijocas

sou disse...

Sermão:
1. Discurso sobre assunto religioso pronunciado no púlpito.
2. Prática feita a alguém com um fim exclusivamente moral ou virtuoso.
3. Fig. Repreensão.

O primeiro pode não ser ouvido, depende da empatia que se tem com o orador, se estamos obrigados socialmente, se estamos ali por mera curiosidade, ou ainda se o nosso intelecto ainda não está preparado para aceitar aqueles mistérios.
O segundo, depende do quanto se quer fazer uma acção, do impulso, da satisfação que vai trazer ao corpo, pois a mente é hábil em justificar todas as nossas vontades, então quando o querer e o não querer estão em luta, ganha sempre o corpo.
O terceiro significado, o figurativo: "Repreensão" esse poderia ser dispensável se o indivíduo tivesse disposto a aprender com o seu erro, no entanto o que parece observável é que o ser humano não aprende,ou responsabiliza os outros dos seus erros,ou precisa de ser coagido para se portar socialmente com ética ou moralidade... É difícil saber o que é melhor, falar ou ficar calado? Melhor falar do que se abster, penso eu, a mensagem fica dada, enquanto que o silencio nem sempre é compreendido, pode ser mal interpretado e lido como consentimento de uma situação. Melhor falarmos errando, do que nos silenciarmos e abstermo-nos, quase consentindo... Não sei o que é melhor, acho que quando os sermões se tornam em silencios, nós desistimos um pouco do outro.


Abraços

sou disse...

Ainda comentando o teu post, no caso do suposto sermão da montanha, não importa se foi ouvido ou não, isso não é da responsabilidade do orador neste caso, atribuído a Jesus, mas sim dos ouvintes, eles possuem, ou não, a semente que fará crescer essas palavras na sua "alma" no seu intelecto, se as palavras despertarem essas sementes adormecidas elas serão ouvidas e darão fruto no tempo devido. No entanto nem todas as sementes crescerão a bom termo, é o que se dizia figuradamente nos textos: “Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de humidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e, estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um” Com isto quero dizer, que não há uma regra universal, silenciar um sermão é uma arte intuitiva, até lá, até desenvolver essa percepção, de quando devemos calar ou falar, devemos continuar os nossos sermões,mesmo com a possibilidade de esse alguém a quem se dirigem, nos achar terrivelmente maçadores.
Beijinhos

sou disse...

Só mais uma coisinha a respeito deste poste. Porque é que dizes que o sermão da montanha não funcionou? Quanto a mim por tudo o que tenho lido e meditado, o sermão da montanha funcionou sim, através da força da palavra que emanava daqueles discursos, houve uma revolução histórica e cultural, todo o pensamento mudou. Claro que as mudanças são lentas e às vezes dolorosas, não acontecem subitamente por magia, nem são efectuadas com o brilho,a transparência de uma varinha de condão, não há essa limpidez, isso só acontece nas histórias de fadas. Mas o facto é que aquele sermão foi mantido vivo, aquele sermão criou uma nova religião, mudou as mentalidades gradualmente de politeístas para monoteístas, e com ele o nosso pensamento, sobretudo o ocidental sofreu tal mudança, que ainda hoje procura essas promessas, ou as utopias contidas nesse sermão. Vivam os sermões que visam o melhor dos outros, ainda que não sejamos tão perfeitos assim. Beijinhos