sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Excesso de Roupa


O excesso de roupa é uma forma comum de enfraquecer nosso corpo.
Os homens costumam cobrir-se mais fortemente que as mulheres, tem mais a ver com moda.

Pois, a mania de nos enrolarmos como “esquimós” começa na infância.

Pais cheios de boas intenções iniciam o enfraquecimento das capacidades de reacção da pele dos seus bebés vestindo-lhes roupas em excesso, claro, depois quando ficam mais crescidotes e com as suas capacidades de resistência enfraquecidos sentem mais frio do que deveria ser normal.

É então um mau hábito que fica para a vida toda, os poderes da pele acabam por ficar bem fracos, a pele falha e não consegue fazer seu trabalho totalmente, ela é um órgão de eliminação e acaba não sendo capaz de fazer os ajustes térmicos que o corpo necessita de forma rápida relativamente as mudanças na temperatura ambientais.

Darwin conta um episódio durante sua volta ao mundo de navio.
No sul da Argentina (Patagônia) ele encontrou índios nus durante um Inverno rigoroso.

Diálogo ocorrido:
Darwin: Você não sente frio?
Índio: Cara-Pálida tem frio na cara?
Darwin: Não, na cara não sinto frio.
Índio: Índio todo cara!

A falha da pele como um órgão de eliminação dá mais trabalho aos rins e as membranas mucosas do nosso corpo.

Roupas escuras bloqueiam os raios benéficos do sol, o corpo enfraquece, não apenas a pele, mas o corpo todo, luz solar é um elemento essencial para a nutrição plena, da mesma forma que o é para os animais e plantas, o homem é por natureza, um animal sem roupa e o mais próximo que nos aproximarmos disso melhor, mais saudável nós iremos tornar.

Cores claras (a não ser que se seja gótico) deveriam ser as mais usadas, circulação livre de ar em torno do corpo também é essencial em todas as horas.

Fiquem bem

sábado, 24 de janeiro de 2009

A arte de não adoecer - Dr. Dráusio Varela


Se não quiser adoecer - "Fale de seus sentimentos". Emoções que são escondidas, reprimidas, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna. Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em câncer. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar nossa intimidade, nossos segredos, nossos pecados. O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia.

Se não quiser adoecer - "Tome decisão". A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.

Se não quiser adoecer - "Busque Soluções". Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doença.

Se não quiser adoecer - "Não viva de aparências". Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que tem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho, etc., está acumulando toneladas de peso...uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.

Se não quiser adoecer - "Aceite-se". A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, com senso e terapia.

Se não quiser adoecer - "Confie". Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria liames profundos, não sabe fazer amizades verdadeiras. Sem confiança, não há relacionamento. A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.

Se não quiser adoecer - "Não viva sempre triste". O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. "O bom humor nos salva da mão do doutor". Alegria é saúde e terapia.

Fiquem bem

sábado, 17 de janeiro de 2009

ENERGIA (“gande” maluca)


Creio que não se poderá discordar que a energia se movimenta duma forma circular, se “olharmos” para o universo “tudo” se movimenta num formato circular.

Quando se liberta água parada num lavatório ela escoa girando (dependendo do hemisfério o sentido da rotação), a terra gira, os outros planetas giram (a lua é um corpo morto que não gira), o sol e as outras estrelas giram, o nosso sistema solar gira, a nossa galáxia e as outras galáxias giram, o nosso universo e “todos os outros universos” giram possivelmente tendo como eixo um ponto que não gira e que deve ser o centro de tudo.

Todos os átomos tem electrões que giram a volta do núcleo, a captação de energia que o nosso corpo faz (chakras) é no formato de vórtices.

Os nossos pensamentos são energia, que ao serem emitidos também tem um caminho circular, acabam por voltar para nós dado não sermos o centro mas estarmos na orla, daí possivelmente aquilo de colher o que se plantar.
Prefiro lhe chamar "Efeito boomerango!"

Fiquem bem

O TRUQUE


Basta alguém nascer para a partir logo se começar a deseducar!
De um lugar escuro passamos para um cheio de luz
De um lugar quentinho passamos para um frio
Alem disso, em vez de o novo ser ficar uns minutos em cima do peito da mãe é logo cortado o cordão físico (o emocional é outra história) sem dar tempo a primeira respiração, claro que depois (em muitos casos) é uma azafama para desobstruir as vias respiratórias, coisa que não seria necessária se não fosse as “pressas”, depois ainda, o medico ainda dá uma palmada, que bela maneira de dar as boas vindas a alguém!
Pois, mas é apenas o início, os nossos pais e a sociedade vai nos impingir uma data de informações, imposições e educações, que por arrasto nos levam a maus hábitos e vícios que simplesmente levam a se ter intimidade com as doenças.

Por exemplo, evitamos andar descalços, seja para não sujar os pés, seja com “medo” duma possível constipação, ou então, na parte social “para não se ser mal visto”, se olharmos para os nossos pés (por acaso os meus são lindos! Ehehee) é possível ver dedos torcidos, calos, joanetes etc, isto tudo, devido ao que calçamos e ao tempo que estamos calçados, isto só os pés, por que a falta da ligação com o planeta prejudica o corpo todo, demasiada electricidade estática prejudica o nosso corpo, nada melhor que estar sempre (ou o máximo de tempo possível com as solas dos pés em contacto com o chão, no trabalho não posso andar descalço, mas em casa nada me impede de o fazer.

Temos também pelo menos dois sistemas de circulação no nosso corpo, o sanguíneo que é propulsionado por um motor, é o linfático que é propulsionado por “simpatia”, este ultimo transporta o “lixo” celular para os órgãos que tem a função de o eliminar, pois, mas este fluxo de toxinas não tem motor, por isso é que digo que é por “simpatia”, convêm que sejamos simpáticos para com o nosso corpo, andar, fazer exercício é muito bom (sexo, alem de muito bom também é muito bom!).
Um sistema tão simpático não acha muito simpático a pressão mecânica feita por roupa apertada, soutiens, cuecas, cintos, calças, meias, sapatos, bonés, gravatas, enfim, tudo o que faça pressão sobre o corpo.

Enfim, tudo o que faz pressão sobre o corpo prejudica a drenagem das toxinas, toxinas acumuladas provocam mau funcionamento dos órgão, mau funcionamento (já parece uma lenga-lenga da minha filha) dos órgão provoca doenças, um dia, uma célula intoxicada começa a se “reproduzir” de forma errada e cancros, miomas, varizes ficam com territórios para explorar.

Andar descalço é urgente, também é um factor que nos faz sentir muito bem depois dum banho, mas andar totalmente nu então é que é fantástico, começar a dormir nu é um primeiro passo, depois, sempre que possível, recomendo a todos que o façam.

Fiquem bem

sábado, 10 de janeiro de 2009

MANTEIGA vs MARGARINA


Manteiga ou Margarina?

Sabem a diferença entre margarina e manteiga? Leia esta mensagem até o fim... ela acabará ficando muito interessante!

Ambas possuem a mesma quantidade de calorias. A manteiga é ligeiramente maior em gorduras saturadas. Comer margarina pode aumentar doenças cardíacas em mulheres de até 53%, comparado com comer a mesma quantidade de manteiga, de acordo com um recente estudo feito pela medicina de Harvard. Comer manteiga aumenta a absorção de muitos outros nutrientes presentes em outros alimentos. A manteiga possui muitos outros benefícios nutricionais e a margarina tem apenas alguns, porque eles são adicionados a ela.

A manteiga tem gosto melhor que a margarina e pode melhorar o sabor de outras comidas. A manteiga já existe por séculos, enquanto a margarina existe há menos de 100 anos. A margarina é muito alta em ácidos (trans)graxos, triplica o risco de doenças cardíacas, aumenta o colesterol total e o LDL (o colesterol ruim), abaixa o colesterol HDL (o colesterol bom), aumenta o risco de câncer de cinco vezes, diminui a qualidade do leite materno, diminui a resposta do sistema imunológico, diminui a resposta da insulina. E um fato muito interessante: a margarina está apenas UMA MOLÉCULA distante de ser um PLÁSTICO! Apenas este fato é suficiente para me manter afastado da margarina por toda a vida e de todo produto que é hidrogenado (isto significando que o hidrogénio está adicionado, mudando a estrutura molecular da substância).
VOCÊ pode fazer este teste: compre um potinho de margarina e deixe-o na sua garagem ou numa área à sombra. Depois de dois dias você irá perceber o seguinte: nenhuma mosca, nem mesmo aquelas moscas de frutas irão perto da margarina (isso deveria te dizer alguma coisa). Ela não apodrece ou passa a cheirar de forma diferente...porque não tem qualquer valor nutricional, nada cresce nela... nem mesmo aqueles pequeninos microorganismos irão encontrar um lar para crescer ali... Por que? Porque a margarina é praticamente um plástico! Você teria coragem de fundir sua Tupperware e espalhá-la na sua torrada?

Fiquem bem
Fonte: Saude perfeita

COMA POUCO e VIVA MUITO [ e Melhor ]


O título acima é o mesmo de um livro editado pela extinta Edições Bloch, em 1967, de autoria de Jean Rialland.

O problema da ingestão de comida pela boca envolve três aspectos básicos: qualidade, quantidade e periodicidade. Todos esses aspectos foram explicitados por Jesus no livro “O Evangelho Essênio da Paz” [Edmond Bordeaux Szekely, Ed. Pensamento, 1997]: durante cada semana, comer durante seis dias os alimentos crus em, no máximo, duas refeições por dia e comendo pouco em cada refeição; e, no sétimo dia, fazer jejum absoluto.

Um dos maiores naturistas do século passado, Herbert M. Shelton, também tratou com muitos detalhes este problema da alimentação, que relaciona-se diretamente com o tema da longevidade humana. Diz ele que Sylvester Graham costumava dizer: “Um beberrão pode atingir uma idade avançada, um glutão jamais.” O beberrão se salva da cova do glutão porque a sua bebida acaba com o seu estômago e evita que eles comam em demasia. O tabaco também costuma prevenir a glutomia. Diz ele, também, que o Prof. Huxley, da Inglaterra, pegou algumas minhocas jovens da terra e fez uma interessante experiência com elas. Ele alimentou uma família delas da forma usual, como elas se alimentam normalmente. Uma outra família ele isolou e alimentou da mesma forma, exceto que ele forçou esta família a fazer pequenos períodos de jejum.

Ela foi alimentada e posta sob jejum alternadamente. Estas minhocas isoladas estavam ainda vivas depois de 19 [dezenove] gerações, após suas irmãs nascerem, viverem seus ciclos normais de vida e morrerem. A única diferença no modo de vida e na dieta desta minhoca, quando comparado com as suas minhocas irmãs, foi os jejuns periódicos da minhoca longeva. O Prof. Huxley concluiu que a superalimentação entope o corpo e produz a morte.

Em todos os animais que foram submetidos a um regime de pouca alimentação [baixa caloria], houve aumento do período de vida. No ser humano este fato também acontece. O caso de Louis Cornaro, um nobre de Veneza na Idade Média, exemplifica este ponto. Uma vida cheia de vinhos, mulheres e pouco sono, comum em cavalheiros e nobres, levou-o à beira da cova aos 40 anos. Seus médicos disseram para ele que ele tinha apenas alguns meses de vida. Tendo mais inteligência que seus médicos, ele raciocinou que se uma vida de indulgências e dissipação o levou a essa condição, uma vida de abstinência e de temperança o iria salvar. Ele, portanto, abandonou suas folias e adotou uma das dietas mais frugais da história, com o resultado que ele viveu mais que todos os seus médicos. Ele viveu até os 100 anos e permaneceu forte, saudável e de posse de todas suas faculdades até o último dia. O seu consumo diário de alimento, após os 40 anos, não correspondia a nem uma refeição média do homem ou mulher de hoje. Ele comia apenas duas, e às vezes uma vez por dia. Em adição a essa alimentação frugal, ele fazia um jejum longo a cada ano.
Na revista “The Scientist”, de 9 de maio de 2005, Jill U. Adams escreveu um artigo chamado “Autofagia & Longevidade”. Nele afirma-se que “durante a autofagia – literalmente ‘comer a si própria’ – as células entregam os constituintes do citoplasma – incluindo organelas inteiras – para sofrerem o processo de degradação. Este processo de reciclagem é acionado por um período de falta de nutrientes. Isto relaciona-se com o processo de envelhecimento da célula. A autofagia é um mecanismo fundamental, acionável via restrição calórica, para promover a longevidade. Muitas vezes a autofagia é vista apenas como um processo de manutenção do organismo. Na realidade, o fracasso na manutenção do corpo irá contribuir para doenças como câncer e doenças neurodegenerativas. Além disso, a autofagia diminui com a idade, devido a razões ainda não muito claras, que é importante na mecânica do envelhecimento em si.

Quando a comida é restringida, a autofagia é acionada como um mecanismo de sobrevivência. Quando a comida é restringida moderadamente por longo período, os organismos, das minhocas aos mamíferos, vivem mais. Evidências sugerem que um aumento da autofagia leva à extenção da vida, por restrição calórica. Em ratos sujeitos a restrição calórica, a eficiência autofágica é mantida até uma idade avançada e os ratos acabam vivendo por mais tempo.

O problema do envelhecimento é a produção de radicais livres e a imperfeição dos mecanismos de auto-reparo orgânico. A autofagia é uma “segunda linha de defesa” relacionada com as células. Cerca de 100.000.000 de radicais livres são gerados por dia em nosso corpo. Se a autofagia diminui com a idade, então os detritos do metabolismo celular começam a se acumular mais rapidamente. Por degradar as organelas defeituosas que geram espécies com oxigênio reativo, a autofagia se encaixa muito bem na teoria mitocondrial do envelhecimento. A capacidade da autofagia de catabolizar organelas inteiras, e mitocôndrias em particular, é um ponto forte como mecanismo anti-envelhecimento.

As mitocôndrias são alvos frequentes da autofagia. A autofagia é um mecanismo que remove as mitocôndrias danificadas que devem ser eliminadas. Mitocôndrias danificadas podem gerar ainda mais radicais livres que causam problemas, algo que pode ser particularmente problemático em tecidos que não se dividem, como coração e cérebro, onde os efeitos dependentes da idade se manifestam mais fortemente. As doenças relacionadas à idade nesses tecidos – como cardiomiopatia e neurodegenerescência – têm sido vinculadas a desordens na autofagia.
Portanto, se comer pouco aumenta o período de vida


Fiquem bem
Fonte: Saude perfeita

Pinoquiamos demais?


Artigo publicado no expresso por Nelson Marques

“Para ser absolutamente honesto, arrependi-me de ter proposto este artigo no momento em que me sentei ao computador para começar a escrevê-lo. Esta é a história de um movimento chamado Honestidade Radical. Segundo o seu fundador, o psicoterapeuta americano Brad Blanton, de 66 anos, "todos seríamos mais felizes se deixássemos de mentir". Como a personagem de Jim Carrey no filme "O Mentiroso Compulsivo" deveríamos contar sempre a verdade, não apenas durante um dia mas por toda a vida. Isso implicaria abandonar mesmo aquelas mentiras mais pequenas e insignificantes, incluindo as "piedosas", as meias verdades que adoptamos para não ferir os egos daqueles com quem nos relacionamos.
No mundo da Honestidade Radical, eu não poderia mais esboçar um sorriso amarelo e desviar o assunto sempre que uns pais babados me perguntassem se o filho acabado de nascer, ainda roxo e enrugado, não era a criança mais bonita que já vi. Segundo Blanton, mesmo essas verdades reprimidas devem ser expressadas. "Se o pensas, afirma-o." Só assim se poderá abrir o caminho à verdadeira comunicação.

Sociedade admite 'pequenas mentirinhas'

O psicólogo Rui Manuel Carreteiro admite que, do ponto de vista clínico, a teoria tem alguma razão de ser. "A saúde mental só pactua com a verdade. Muitas vezes, a mentira, o delírio ou a negação parecem o melhor caminho, mas os resultados nem sempre são positivos." Carreteiro sublinha, contudo, que a sociedade está instaurada de forma a admitir, e até encorajar, as "pequenas mentirinhas" e que, por isso, há limites e formas de expressar a nossa honestidade. "Muitas vezes, a mentira seria desnecessária se tivéssemos a coragem e o bom senso de expressar a verdade com as devidas maneiras. Entre 'Essa saia fica-te horrível' e 'Fica-te mesmo bem', há espaço para uma sinceridade que nos tornaria mais fiéis, amigos e verdadeiros."
Blanton, claro está, discorda. Se uma amiga mais rechonchuda pergunta como lhe assenta o novo vestido, devemos ser frios como o Dr. House: "Faz-te parecer mais gorda." Se temos fantasias sexuais com a cunhada, devemos não só dizê-lo a ela como confessá-lo à nossa companheira.


Teorias como estas talvez expliquem o porquê de este profeta da verdade ir já no quinto casamento (com uma hospedeira sueca 26 anos mais nova que ele) e partilhar detalhes da sua vida sexual como quem fala do que comeu ao almoço: "Dormi com mais de 500 mulheres e meia dúzia de homens. Tive vários trios. Num deles, havia uma prostituta hermafrodita", admitiu à revista "Esquire". Afirmações como esta ajudarão certamente a vender muitos livros, mas imagino como seria o mundo se triunfasse a Honestidade Radical. Resistiriam os casamentos e as amizades? Sobreviveriam os nossos egos? Aumentaria o desemprego? Mudariam os políticos de profissão? "Um mundo onde só existisse honestidade seria um lugar pior e não melhor", conclui Núria Blanco, uma tradutora de 29 anos. "Podemos escolher não contar às pessoas coisas que só as vão magoar. Há coisas que elas não precisam que lhes digam."

David Smith, psicólogo e autor de "Por que Mentimos" (versão brasileira), concorda. "Se todos fossem completamente honestos, seria o fim da sociedade humana", afirmou ao "Expresso" (ver entrevista nestas páginas). Já o dizia o poeta e humanista alemão Sebastian Brant há mais de meio milénio: "O mundo deseja ser enganado." Se assim não fosse, viveríamos provavelmente em pequenas guerras civis circunscritas ao nosso círculo de relações. "A verdade", defendia o psicólogo austríaco Alfred Adler, "é, muitas vezes, uma terrível arma de agressão. Usando-a, é possível mentir e até matar".

Mentira é usada para sobreviver

A verdade nua e crua é que todos mentimos, "todos os dias, a todas as horas, na alegria e na tristeza", como escreveu Mark Twain num ensaio sobre a arte de mentir. A maioria de nós não somos mentirosos compulsivos e patológicos como a personagem de Jim Carrey, mas todos soltamos aqui e ali pequenas mentiras para não ferir os sentimentos de alguém ou para fugir a uma situação que não desejamos. Afinal, a mentira e a dissimulação são tão naturais como a própria vida. Não se camuflam várias plantas e animais para conseguir alimento ou enganar os predadores? "Tal engano não se trata de um simples jogo: os animais cujos disfarces não funcionam, não sobrevivem", garante o psiquiatra Rui Coelho. Pois também o Homem, qual camaleão, usa a mentira para sobreviver em sociedade.

Já com o artigo pronto, recebi a resposta de Brad Blanton a duas perguntas que lhe havia colocado. Quis saber se a Honestidade Radical não poderia conduzir facilmente à crueldade radical e a um mundo com pequenas guerras civis a cada esquina. A sua resposta: "Faça a merda do seu trabalho de casa. Fez-me as mesmas perguntas superficiais e ignorantes de sempre. A resposta à pergunta um é Não e a resposta à pergunta 2 é Não. Faça o seu trabalho de casa com seriedade ou beije-me o cu." Que tal isto para Honestidade Radical?”

Fiquem bem

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O frio que vem de dentro


Seis homens ficaram bloqueados numa caverna por uma avalanche de neve e teriam que esperar até o amanhecer para poderem receber socorro.


Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira ao redor da qual eles se aqueciam.

Se o fogo apagasse, eles sabiam, todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.


Chegou ahora de cada um colocar sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.


O primeiro homem era um racista. Ele olhou demoradamente para os outros cinco e descobriu que um deles tinha a pele escura. Então ele raciocinou consigo mesmo:


- "Aquele negro! Jamais darei minha lenha para aquecer um negro.


E guardou-as protegendo-as dos olhares dos demais.


O segundo homem era um rico avarento. Ele estava ali porque esperava receber os juros de uma dívida.

Olhou ao redor e viu um círculo em torno do fogo bruxuleante, o homem da montanha, que trazia sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas.

Ele fez as contas do valor da sua lenha e enquanto mentalmente sonhava com o seu lucro, pensou:


- "Eu, dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso?


"O terceiro homem era o negro. Seus olhos faiscavam de ira e ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou mesmo aquela superioridade moral que o sofrimento ensinava. Seu pensamento eramuito prático:


- "É bem provável que eu precise desta lenha para me defender.


Além disso, eu jamais daria minha lenha para salvar aqueles que me oprimem".

E guardou suas lenhas com cuidado.


O quarto homem era o pobre da montanha. Ele conhecia mais do que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.

Ele pensou:


- "Esta neve pode durar vários dias. Vou guardar minha lenha."


O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas. Nem lhe passou pela cabeça oferecer a lenha que carregava.

Ele estava preocupado demais com suas próprias visões (ou alucinações?) para pensar em ser útil.


O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosa das mãos, os sinais de uma vida de trabalho. Seu raciocínio era curto erápido.


- "Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém nem mesmo o menor dos meus gravetos."Com estes pensamentos, os seis homens permaneceram imóveis.


A última brasa da fogueira se cobriu de cinzas e finalmente apagou.


Ao alvorecer do dia, quando os homens do Socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada qual segurando um feixede lenha. Olhando para aquele triste quadro, o chefe da equipe deSocorro disse:


- "O frio que os matou não foi o frio de fora, mas o frio de dentro.

(Procura-se autor)


Fiquem bem