segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Tempo



Fez algum tempo, não muito, uma amiga me questionou por que tudo era tão lento?

Possivelmente a definição de velocidade é algo incompreendido, qualquer caminho veloz é um caminho muito recto em a velocidade nos deixa apenas olhar para a frente e vemos quase tudo duma forma desfocado, com algumas curvas para nos fazer ir mais devagar podemos ver melhor o que nos rodeia, apenas devemos ter alguma maior atenção as rotundas em que o centro pode ser pessoas, ideologias, etc. que podem nos seduzir com o seu poder (dado por nós) gravitacional, pode simplesmente nos atrasar fazendo-nos andar as voltas, necessitamos de ir vendo as coisas aos poucos, por vezes é bom fazer inversão de marcha e mudar de direcção (ou voltar a mesma) embora seja “certo” que todas as direcções levem ao mesmo destino, vamos vendo as coisas aos pouco, mesmo quando o nosso intimo grita em silencio que não pode mais, nunca carregamos mais do que decidimos etericamente, a “vida” vai nos dando pequenas doses para irmos digerindo conforme as nossas capacidade, nunca demais, apenas o que necessitamos no momento, a cada passo ficamos a saber mais um pouco, isto é, entendemos a cada passo melhor o que sabemos. Onde quer que nós estejamos é exactamente onde devemos estar, por vezes gostaríamos de estar em outro sítio e em outras maneiras, possivelmente não teríamos ainda capacidades para lidar com tal.

Todos os relacionamentos (em todos os formatos, íntimos, profissionais, amizades, etc.) que tivemos no passado eram aqueles que necessitávamos no momento, de cada vez que estamos prontos para fazer coisas novas, novas pessoas aparecem, somos o que somos e estamos a cada segundo nos transformando no que iremos ser, existem outras pessoas a espera de nós cada vez que nos transformamos, isto é “o ser e se tornar”, todos aprendemos sempre o máximo, ainda bem que o caminho é lento, lento e “suave”.



Fiquem bem



João Gonçalves

27-06-08