sexta-feira, 27 de março de 2009

"Lei" do retorno


Quem quiser saber mais, basta fazer uma pequena procura na net!

Sempre desde que me recordo como gente ouvi dizer, cá se fazem, cá se pagam! Ou quem sêmea vento colhe tempestades!

Bem, possivelmente basta olhar a nossa volta com olhos de ver, não apenas naquela forma superficial do “ele é tão mau e está tão bem na vida”

Pessoalmente sempre gostei mais de lhe chamar efeito boomerang

Encontrei esta pequena “estória” na net que dá uma ideia!

Fiquem bem

"O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa. Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado. Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito. Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola. O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão. Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado. Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele. Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e passou mãos à obra. O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo. Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa. O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho como está se sentindo agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo. Que susto! Zeca só conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos. O pai, então lhe diz ternamente:
- Filho, você viu que a camisa quase não se sujou; mas, olhe só para você. O mal que desejamos ou fazemos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

Cuidado com seus pensamentos, eles se transformam em palavras;
Cuidado com suas palavras, elas se transformam em ações;
Cuidado com suas ações, elas se transformam em hábitos;
Cuidado com seus hábitos, eles moldam o seu caráter;
Cuidado com seu caráter, ele controla o seu destino."

11 comentários:

Iara Alencar disse...

Mas quando estamos com raiva é dificil pensar assim, com essa racionalidade toda.

Carteiro disse...

Ok, mas a raiva não dura para sempre, possivelmente o truque e fazer que dure cada vez menos e menos e menos e menos ainda até simplesmente morrer por falta de alimento!

Fica bem

Anónimo disse...

Verdade...
E é uma coisa que tento ensinar aos meus moleques.

bjs

Anónimo disse...

A raiva surge dos nossos desejos insatisfeitos, das nossas feridas pessoais, que se transformam em mágoas, em frustrações, em decepções e geram infelicidade.As faces da raiva são ansiedade, ressentimentos, discurso verbal agressivo, animosidade contra pessoas e ideias das mesmas, explosões de mau humor, de impaciência, de rancor, crises de choro e soluço. As lágrimas, muitas vezes não são sinais de fraqueza, elas espontâneamente brotam para lavar a alma do calor da raiva, e da frustração que estamos a sentir.

Anónimo disse...

A raiva envenena-nos literalmente no corpo e a mente, podendo até provocar doenças físicas e pssicosomaticas, além de diversos disturbios comportamentais, como a anorexia, a bulimia,uso indiscriminado de alcool e drogas.

Anónimo disse...

A raiva é uma energia poderosa que todos temos, é um instinto básico primitivo de sobrevivência, precisamos de saber isso para que a aceitemos e não a neguemos, depois de compreendida. Quando sentimos essa emoção, aceitemo-la e perguntemos a nós próprios o porquê dessa frustração, então ela ensina-nos, torna-se nossa aliada, e não uma inimiga.

Anónimo disse...

O que a raiva lhe vai dizer, depois de ser aceite e compreendida, é que ninguém provoca raiva em nós, somos nós que a activamos, e que ela existe negada e reprimida em nós desde a infância, e de repente é accionada por uma acção, uma palavra vinda do exterior, e a nossa mente pensa que foram os outros que lhe provocaram raiva, mas isto não conrresponde à verdade. Ela lhe pertence, quer ser reconhecida em si, e se não a reconhecer, ela pode na verdade, mostrar-se de uma forma explosiva e inapropriada, quer contra si, quer contra os outros.

Anónimo disse...

Quando uma criança nasce, nasce amoral, e tras intactos os seus impulsos, então o que acontece é que a raiva manifesta-se cedo, em crianças, quando não conseguiam o que desejavam ficavam zangadas e ali os adultos fazem ou não fazem o que as crianças querem, não importa, a criança observa que existe sempre uma reacção aos seus desejos e aprende que pode ficar zangados porque isto funciona para alcançar atenção. Muito mais haverá para ser dito, fica aqui a reflexão. Obrigada pelo post, pois permitiu-me expôr algumas ideias que tenho acerca da raiva, e até quem sabe acrescentar mais e melhores conhecimentos. Abraços

Carteiro disse...

Olá
Também agradeço, sempre que se usa tempo em algo que usualmente serve para nós e também pode ajudar outros, é no meu ponto de vista tempo bem usado.

A raiva é um sentimento primário (irracional), é algo que vem na nossa matrix, só por si não é muito grave, grave sim é quando a raiva (que é algo com principio e fim) sobe ao nível seguinte e se transforma em ódio, aí sim, complica.

Foi algo que era útil quando éramos mais selvagem, permitia que se lançasse ataques mais mortificos.

O resultado disso é que nossa fisiologia é sofisticadamente especializada para lidar com essa situação, os batimentos cardíacos aceleram (para oxigenar os seus membros) e as pupilas dilatam (para permitir maior passagem de luz) os pelos eriçam (numa tentativa de nos fazer parecer maiores) e ficamos num tal estado de tensão, prontos a atacar, claro que também com o disparo de substancias químicas da nossa biologia.

Seja com for, considero a raiva mais pura e honesta do que o ódio, a raiva é aquilo que somos no momento, é “automática”, é um relâmpago, já o ódio é mais subtil, pode ter a duração de toda uma vida e alimentasse a reviver as situações vezes sem fim e possivelmente a planear vinganças!

Enfim, muito e muito mais pode ser dito

Fiquem bem

Anónimo disse...

Sim, mais ainda!

O garoto teve sorte da mãe dele não ver a camisa emporcalhada pelo carvão! Porque daí, sim, ele veria o que era raiva - aliás, o garoto e o pai que o mandou jogar o tal carvão! :))))))

beijinhos e boa semana

Carteiro disse...

Heheehehehe parece que te estou a ver, com as mãos nas ancas, dizendo: quem é que fez esta sujeira toda (medo medo)
E aí o pai aproveitaria para dar outra lição ao filho
(foge, foge) eheheheehe