domingo, 29 de março de 2009

Filhos, erros e mais erros


Usualmente tentamos corrigir falhas, falhas nossas e/ou falhas nos nossos filhos, a sociedade afirma que é o correcto a fazer, mas será?!, não será mais eficaz ensinarmos a pensar, incutir a criatividade e imaginação do que criticar?!

Somos peritos em criticar as acções dos nossos filhos, não será melhor reflectir com eles sobre……. Os tradicionais “raspanetes” e sermões já não funcionam, apenas afastam os nossos filhos.
Quando abrimos a boca para mais uma vez repetirmos as mesmas coisas se sempre, os nossos filhos já sabem (de core e salteado) o que vamos dizer, eles já têm tudo isso gravada e simplesmente se fecham, quando estou a falar com a minha filha mais velha (15 anos) e ela cruza os braço, eu paro, ela não está receptiva, guardo para outra altura e tento fazer doutra forma, tentar ir em frente naquele momento só irá a afastar de mim.

Quando um filho nosso erra, ele já sabe como vamos reagir, e aí essa nossa reacção previsível não irá causar nenhum impacto no seu emocional no sentido de crescimento, apenas sofrimento, por vezes vamos por muitos anos repetindo as mesmas coisas, e eles continuam a repetir também as mesmas falhas, isto é, os nossos filhos são “teimosos” e nós nada criativos, passar anos e anos com um filho e não conseguir comunicar com ele demonstra que possivelmente estamos a fazer algo menos certo.

Creio que foi no trabalho que descobri duma forma consciente que elogios devem ser públicos e reprimendas devem ser privadas, se tal afecta um adulto, como será com uma criança.
Criticar uma criança em publico pelos actos que cometeu produz uma humilhação que essa criança não irá esquecer, possivelmente os objectivos do adulto serão atingidos, mas que custo terá para aquele futuro adulto?!

É típico quando se gera discussões o adulto dizer (gritar) que quando tiveres uma casa tua fazes a tua maneira, até lá estas na minha casa fases como eu digo (muitas vezes acompanhado de alguma violência física, claro, a adulto ganha, mas não ganha respeito, ganho o temor do filho, não creio que se deva ter medo de perder a autoridade, perder os filhos é bem mais grave.

Creio que ganhei mais respeito das minhas filhas um dia em que as abracei a chorar do que em toda a vida delas!

Fiquem bem

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu assisto filmes de violência com meus filhos (não sei porque moleque gosta dessas coisas!). E então fico:
- Nossa! Por que ele bateu? Não era mais fácil ele ter perguntado?
(eles sempre tem a resposta, claro, mas eu não desisto).
- E ele atirou?! Sem dar chance?! E se o outro se arrependesse?!
- Já pensou se eu fizesse isso cada vez que estivesse com raiva?
- Ah! Salvando o mundo?! Mas o cara quase destrói metade!! Matou um e o resto que ele matou e nem sabe?
E assim vou o filme inteiro...

Agora, o mais engraçado é que ainda hoje eles me chamam para assistir!!! :))))

Carteiro disse...

Hehehe acaba por ser isso, fazer o papel do grilo falante do pinoquio, mas sem ser chato!

WWW.ZUCANET.NET disse...

Bom tenho que tirar o chapeu ao amigo carteiro,sim senhor dá que pensar.
Um abraço do zuca