sábado, 10 de janeiro de 2009

COMA POUCO e VIVA MUITO [ e Melhor ]


O título acima é o mesmo de um livro editado pela extinta Edições Bloch, em 1967, de autoria de Jean Rialland.

O problema da ingestão de comida pela boca envolve três aspectos básicos: qualidade, quantidade e periodicidade. Todos esses aspectos foram explicitados por Jesus no livro “O Evangelho Essênio da Paz” [Edmond Bordeaux Szekely, Ed. Pensamento, 1997]: durante cada semana, comer durante seis dias os alimentos crus em, no máximo, duas refeições por dia e comendo pouco em cada refeição; e, no sétimo dia, fazer jejum absoluto.

Um dos maiores naturistas do século passado, Herbert M. Shelton, também tratou com muitos detalhes este problema da alimentação, que relaciona-se diretamente com o tema da longevidade humana. Diz ele que Sylvester Graham costumava dizer: “Um beberrão pode atingir uma idade avançada, um glutão jamais.” O beberrão se salva da cova do glutão porque a sua bebida acaba com o seu estômago e evita que eles comam em demasia. O tabaco também costuma prevenir a glutomia. Diz ele, também, que o Prof. Huxley, da Inglaterra, pegou algumas minhocas jovens da terra e fez uma interessante experiência com elas. Ele alimentou uma família delas da forma usual, como elas se alimentam normalmente. Uma outra família ele isolou e alimentou da mesma forma, exceto que ele forçou esta família a fazer pequenos períodos de jejum.

Ela foi alimentada e posta sob jejum alternadamente. Estas minhocas isoladas estavam ainda vivas depois de 19 [dezenove] gerações, após suas irmãs nascerem, viverem seus ciclos normais de vida e morrerem. A única diferença no modo de vida e na dieta desta minhoca, quando comparado com as suas minhocas irmãs, foi os jejuns periódicos da minhoca longeva. O Prof. Huxley concluiu que a superalimentação entope o corpo e produz a morte.

Em todos os animais que foram submetidos a um regime de pouca alimentação [baixa caloria], houve aumento do período de vida. No ser humano este fato também acontece. O caso de Louis Cornaro, um nobre de Veneza na Idade Média, exemplifica este ponto. Uma vida cheia de vinhos, mulheres e pouco sono, comum em cavalheiros e nobres, levou-o à beira da cova aos 40 anos. Seus médicos disseram para ele que ele tinha apenas alguns meses de vida. Tendo mais inteligência que seus médicos, ele raciocinou que se uma vida de indulgências e dissipação o levou a essa condição, uma vida de abstinência e de temperança o iria salvar. Ele, portanto, abandonou suas folias e adotou uma das dietas mais frugais da história, com o resultado que ele viveu mais que todos os seus médicos. Ele viveu até os 100 anos e permaneceu forte, saudável e de posse de todas suas faculdades até o último dia. O seu consumo diário de alimento, após os 40 anos, não correspondia a nem uma refeição média do homem ou mulher de hoje. Ele comia apenas duas, e às vezes uma vez por dia. Em adição a essa alimentação frugal, ele fazia um jejum longo a cada ano.
Na revista “The Scientist”, de 9 de maio de 2005, Jill U. Adams escreveu um artigo chamado “Autofagia & Longevidade”. Nele afirma-se que “durante a autofagia – literalmente ‘comer a si própria’ – as células entregam os constituintes do citoplasma – incluindo organelas inteiras – para sofrerem o processo de degradação. Este processo de reciclagem é acionado por um período de falta de nutrientes. Isto relaciona-se com o processo de envelhecimento da célula. A autofagia é um mecanismo fundamental, acionável via restrição calórica, para promover a longevidade. Muitas vezes a autofagia é vista apenas como um processo de manutenção do organismo. Na realidade, o fracasso na manutenção do corpo irá contribuir para doenças como câncer e doenças neurodegenerativas. Além disso, a autofagia diminui com a idade, devido a razões ainda não muito claras, que é importante na mecânica do envelhecimento em si.

Quando a comida é restringida, a autofagia é acionada como um mecanismo de sobrevivência. Quando a comida é restringida moderadamente por longo período, os organismos, das minhocas aos mamíferos, vivem mais. Evidências sugerem que um aumento da autofagia leva à extenção da vida, por restrição calórica. Em ratos sujeitos a restrição calórica, a eficiência autofágica é mantida até uma idade avançada e os ratos acabam vivendo por mais tempo.

O problema do envelhecimento é a produção de radicais livres e a imperfeição dos mecanismos de auto-reparo orgânico. A autofagia é uma “segunda linha de defesa” relacionada com as células. Cerca de 100.000.000 de radicais livres são gerados por dia em nosso corpo. Se a autofagia diminui com a idade, então os detritos do metabolismo celular começam a se acumular mais rapidamente. Por degradar as organelas defeituosas que geram espécies com oxigênio reativo, a autofagia se encaixa muito bem na teoria mitocondrial do envelhecimento. A capacidade da autofagia de catabolizar organelas inteiras, e mitocôndrias em particular, é um ponto forte como mecanismo anti-envelhecimento.

As mitocôndrias são alvos frequentes da autofagia. A autofagia é um mecanismo que remove as mitocôndrias danificadas que devem ser eliminadas. Mitocôndrias danificadas podem gerar ainda mais radicais livres que causam problemas, algo que pode ser particularmente problemático em tecidos que não se dividem, como coração e cérebro, onde os efeitos dependentes da idade se manifestam mais fortemente. As doenças relacionadas à idade nesses tecidos – como cardiomiopatia e neurodegenerescência – têm sido vinculadas a desordens na autofagia.
Portanto, se comer pouco aumenta o período de vida


Fiquem bem
Fonte: Saude perfeita

1 comentário:

Anónimo disse...

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