Apenas pensamentos soltos que faço por unir de maneira que façam algum sentido ao serem lidos, também irei incluir o que na minha perspectiva considerar interessante.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Violação!!!!! e apenas silencio! (Parte I)
Como é que é mesmo? Sim pois, já me recordo, qualquer semelhança com algo real é apenas uma mera coincidência!
Fernanda, 20 anos completados a pouco mais de 6 meses, para ser preciso: 12 de Junho é a data do seu aniversário.
Fernanda nem sonhava o quanto marcante iria ser o seu vigésimo aniversario, era um rapariga nem bonita, nem feia, com uma silhueta nem perto nem longe de ser uma top model, era que se poderia dizer uma mulher como tantas outras, cabelos negros, olhos lindos e amendoais sempre a rir e um rosto com uns pequenos traços superficialmente orientais, isto era a Fernanda a pouco mais de 6 meses, agora, ela já não ri com os olhos, maior parte do tempo ficam fixos e vazios.
Sentada em frente a pequena mesa que lhe servia de secretário no seu quarto o seu olhar estava fixo numa embalagem de sonífero, a mente voo até a infância, 12 anos, o primeiro beijo, um beijo “roubado” pela sua colega e melhor amiga, a Carolina! A Carolina era uma miúda fantástica, lindas traças louras, um sorriso de luz, a Fernanda era mais do tipo Maria-rapaz, sempre de calças de ganga+ tshirt+ténis …………………
Fugazmente voltou ao quarto, logo a mente fugiu para o jardim junto a casa dos seus pais, tinha 14 anos e foi naquele jardim que os seus seios foram tocados pela primeira vez, Rui, o primeiro amor, o Rui era lindo, ia ser o seu amor para sempre……………
Voltou ao quarto, as olheiras de semanas estava mais profundas que nunca, recordou-se de Pai, o Pai era alguém de quem ela tinha receio, via-o pouco e quando o via ele basicamente apenas ralhava com ela ou simplesmente despejava uns conceitos sobre o que ela devia fazer ou/e ser………………….
Voltou ao quarto ainda ouvindo a voz do Pai martelando-lhe a cabeça – nunca iras ser ninguém na vida, nunca começas e acabas nada! – Desta vez o Pai teria de dar a mão a palmatória! A mãe, enquanto esteve presente fazia o que podia para minimizar, a doença não lhe dava muitas possibilidades, um dia, a mãe não estava em casa, foi informada pelo pai que tinha ido para as termas para se tratar, nunca mais voltou………………………
Foi o avô, antigo militar que lhe deu animo para se alistar, o Pai apenas lhe gritou que se queria fazer carreira militar teria que ser no ramo dele, claro que ele isso não quis, foi um erro!
Os comprimidos estavam a começar a fazer efeito, alguma sonolência se manifestava, ou então era das noites em claro entremeadas por sono com pesadelos, o Capelão tinha lhe recomendado rezar muito e que os desígnios de deus eram por vezes incompreensíveis para os humanos, ela apenas queria um pouco de humanidade e não um deus que não entendia…….
Os 17 comprimidos que tinha ingerido deveriam chegar para dormir para sempre, ia para longe de tudo e de todos, claro que ela tinha ouvido comentários das companheiras, no máximo era uns “apalpões” disse a Vieira que era mais velha, só iam mais longe se deixassem, ela agora sabia que era mentira, todas (ou quase) tinham passado pelo mesmo!
Finalmente ia acabar os sorrisos trocistas, as bocas porcas, os apalpões quando era encurralada no arquivo, iria finalmente esquecer aquele sabor que lhe provocava vómitos e mais que tudo, iria deixar de ter pesadelos……………………..
A recruta até que não tinha sido má, assédio foi apenas da parte de duas camarada, tirando aquela noite na semana de campo em que um instrutor a tentou imobilizar na tenda duma forma em que tocava em todo o seu corpo, na altura ela apenas viu como um “teste”………
O Germano era realmente um ser encantador, romântico e fazia rir, foi o seu primeiro homem, na mesma semana em que lhe rompeu o hímen, rompeu o namoro, foi possivelmente a confusão de sentimentos que a encaminhou para a vida militar, queria ser mais forte, mais independente…………………………………
.....CONTINUA.....
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