
Tirei esta foto no aeroporto da Ilha Terceira (Açores) enquanto esperava na fila do “check in”, tirei quando estavam de costas, pai, mãe e três filhos!
Bem, esta família chegou atrasada, bem, quase toda a família, o pai, nunca mais chegava!
Fui apenas observando, os filhos corriam pelo aeroporto em busca dele (pai), a mãe fazia o mesmo, o seu semblante cada vez mais carregado (era o pai que tinha os bilhetes, sobe depois), enfim, isto durou uns 15 minutos, finalmente o pai apareceu e não é que os filhos o receberam com olhares doces e a mãe sorriu e beijou-o!
Pois, pois, usualmente (a boa maneira portuguesa) seria algo assim: Porra, é sempre a mesma coisa, não respeitas nada nem ninguém, eu aqui aflita e tu ………………………… e o resto das ferias “estragadas”.
Não sei qual o motivo do atraso, apenas tive o prazer de “conhecer” visualmente o que aparentemente são cinco seres humanos para os quais “família” não é apenas mais uma coisa!
Devido a nossa falta de equilíbrio repetimos erros sem fim, a esposa bate com o carro, o marido chega e na frente de todos chama-lhe distraída e estúpida quando deveria abraçar e acarinha, ela já se sente mal, não necessita de mais ajuda para tal, claro que depois, com mais tempo pode-se ter uma conversa sobre o acidente, vai-se ao medico de urgência e lá vem o sermão do que se devia ter prevenido atempadamente (claro, é obvio).
A necessidade de “educar” seja como for, a parte “engraçada” é que é sempre para o bem do outro, os nossos pais fizeram connosco e repetimos com os filhos, com os vizinhos, com quem que estiver a “jeito”!
Enfim, temos uma necessidade inata de dizer: eu tinha-te avisado! Porem, um amigo (seja familiar ou não) não tem esse direito, existe um prazer em dizer de forma encoberta atrás do “eu tinha-te avisado” eu é que tinha razão, eu é que sei, eu, eu, eu, eu ……………
Será que isso nos faz maus por natureza?! Creio que não, creio que apenas nos faz clones de algo que se denomina comportamentos adquiridos, isto através da sociedade que nos relacionamos, ou seja “pescadinha de rabo na boca”, sociedade faz de nós pessoas menos boas e não fazemos da sociedade algo também menos bom, um circulo que está a demorar a ser quebrado, reitero: a pergunta que poucos fazem e todos deveríamos fazer é: E se fosse eu? Se fosse comigo? Se fosse com os meus?
Claro que quando digo isto pessoalmente a alguém, essas pessoas (a maioria) pensa nisso uns 17/18 segundos, depois se comento humoristicamente que se as mulheres tivessem os seios nas costas receberiam muitos mais abraço (é exactamente como estas a pensar, vais-te recordar muito mais de 17 segundos)
Fiquem bem
ICC- não Mi, não estou zangado nem mal disposto, estou muito em paz!